“É livre a manifestação do pensamento e da expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, sendo vedado o anonimato. (CF 88).”

domingo, 16 de janeiro de 2011

Rio: vítima da ( ausência de ) Lei

Para especialistas, problemas semelhantes ao do Rio
 já vêm sendo registrados no Brasil há anos
e as explicações estão na falta
de vontade política e de investimentos.

Subsecretária da ONU diz que Brasil deve proibir construções em áreas de riscos
ONU aponta causas da tragédia na Região Serrana do Rio.
Inundações na Austrália provocaram a morte de 19 pessoas.

A subsecretária-geral da ONU para a redução de riscos de desastres, Margareta Wahlström disse que a falta de comunicação e de um plano de emergência foram os principais fatores para que a chuva na região serrana do Rio resultasse numa tragédia maior do que aquela que aconteceu na Austrália.
Dezenove pessoas morreram nas inundações no estado de Queensland, na Austrália. A subsecretária da ONU lembrou que lá o número de vítimas não foi maior por causa dos planos de emergências do governo australiano para a retirada da população das áreas de riscos. Ela disse que os moradores recebem orientações pelo rádio.
A subsecretária citou ainda planos de emergência que funcionam bem em países como a Indonésia, em ameaças de terremoto e da erupção de um vulcão.
A subsecretária da ONU disse também que ainda há muito a ser feito em termos de planejamento urbano no Brasil. E afirmou que os governos devem proibir construções em áreas de risco. Segundo ela, os desastres naturais nos últimos dez anos provocaram prejuízos de quase US$ 1 trilhão na economia global. Um estudo citado pela representante da ONU aponta que, para cada R$ 1 investido em prevenção, é possível economizar pelo menos US$ 7 em resgates e reconstrução.
   Tragédia no Rio de Janeiro é uma das dez maiores do mundo
O drama que assola a região serrana do Rio já está entre os dez 
piores deslizamentos do mundo nos últimos 111 anos.

Os dados fazem parte do banco de estatísticas do Centro para a Pesquisa da Epidemiologia de Desastres. A entidade com sede na Bélgica fornece os números oficiais da ONU para avaliar respostas a desastres naturais pelo mundo. A organização coleta dados desde 1900. Para especialistas, problemas semelhantes ao do Rio já vêm sendo registrado no Brasil há anos e as explicações estão na falta de vontade política e de investimentos.
Jorge Roriz  http://wp.me/p6Q8u-auk

Não é só pelo número de mortos que a tragédia da região serrana do Rio se configura como uma das piores da história do País. A extensão dos estragos provocados pelas chuvas também impressiona. Levantamento feito pelo Estado com base em imagens de satélite indica que municípios localizados em área de 2,3 mil km² sofreram, em maior ou menor grau, os efeitos de deslizamentos e enchentes. Tudo isso num só dia.

Nenhum comentário :

Postar um comentário

Seu comentário será publicado após a moderação

“É preciso entender que as leis servem apenas para orientar a nossa convivência, como sociedade. Mas nosso comportamento como pessoas depende de nossos valores, do uso de nosso discernimento e da nossa liberdade. Não dependemos de governos, partidos e líderes para sermos honestos e verdadeiros. Os valores morais é que nos mostram o caminho do bem e da verdade, são eles que impedem o ser humano de praticar atos ilícitos. Quando não são importantes na vida das pessoas, não há sistema que impeça um lamaçal de corrupção e de maldades.

Caráter, consciência, amor à verdade e ao próximo, generosidade, fidelidade, responsabilidade, respeito ao alheio, senso de justiça, são essas as virtudes que comandam a vida pública. Abandoná-las é decisão pessoal. Toda culpa é pessoal. Ela é decorrente do mau uso da liberdade. A culpa é tão intransferível quanto as virtudes. Nossa luta é convencer nosso povo a se comportar de acordo com essa visão ética. Por isso devemos sempre querer que os culpados sejam punidos.” (Sandra Cavalcanti, professora e jornalista, foi deputada federal constituinte.- O Estado de S.Paulo)

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,os-culpados--devem-ser-punidos-,798388,0.htm