“É preciso
ter a honestidade intelectual para reconhecer que há um grande déficit de
Justiça entre nós. Nem todos os cidadãos são tratados com a mesma consideração
quando buscam a Justiça. O que se vê aqui e acolá é o tratamento privilegiado”.
(Joaquim Barbosa)
Senhor
presidente do STF, as Súmulas pelas quais o senhor se orientou para não julgar o
meu processo privilegiam quem pode contratar equipe de grandes nomes da
advocacia, e não um cidadão comum, do povo. E se um ministro não tem a “honestidade
intelectual” para reparar o erro e
aceitar o recurso, transformando-o naquele que atenda à Sumula, a injustiça
é cometida pois estará dando vitória ao ilegal e aos poderosos.
Joaquim Barbosa toma posse como
presidente do STF
Ele defendeu a independência dos
magistrados e afirmou que a Justiça deve ser acessível a todos.
O ministro Joaquim Barbosa tomou posse nesta quinta-feira (22)
como presidente do Supremo Tribunal Federal. Ele defendeu a independência dos
magistrados e afirmou que a Justiça deve ser acessível a todos.
Na plateia, a mãe, dona Benedita, irmãos e o filho Felipe. E
autoridades: ex-ministros do Supremo, o presidente do Senado, José Sarney, e a
presidente Dilma Rousseff. O hino nacional foi ao som de um bandolim.
O ministro mais antigo da corte, Celso de Mello, empossou Joaquim
Benedito Barbosa Gomes como presidente do Supremo Tribunal Federal.
“Declaro empossado no cargo de presidente do STF e do CNJ o
eminente ministro Joaquim Barbosa”, afirmou ele.
E Barbosa empossou o vice-presidente, Ricardo Lewandowski. A
saudação ao primeiro ministro negro a ocupar a presidência do Supremo foi feita
pelo ministro Luiz Fux.
“Sonhe como sonhou Mandela pela igualdade e Martin Luther King
revelou ter sonhado que um dia os homens seriam iguais, trabalhariam e rezariam
juntos, e vê-se hoje que os sonhos não inventam”, afirmou Fux.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, elogiou o
ex-presidente do Supremo, ministro Ayres Britto, e destacou qualidades de
Joaquim Barbosa:
“Integridade, independência e firmeza. Qualidades essenciais que
têm acompanhado vossa excelência durante toda a sua vida, e sobretudo nos
momentos particularmente complexos e difíceis.”
Em um discurso de 17 minutos, o presidente do Supremo, Joaquim
Barbosa, fez uma defesa veemente da independência dos juízes, dizendo que eles
devem ser imunes a pressões políticas. Afirmou também que os cidadãos ainda são
tratados de forma desigual no Brasil e que é preciso fazer com que a justiça
seja acessível a todos.
“O que se vê aqui e acolá, não sempre, é claro, mas às vezes sim,
é o tratamento privilegiado. O Judiciário que aspiramos a ter é um Judiciário
sem firulas, sem floreios, sem rapapés”, disse Barbosa. “É preciso reforçar a
independência do juiz; afastá-lo desde o ingresso na carreira das múltiplas e
nocivas influências que podem paulatinamente minar-lhe a independência”,
completou.
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